quarta-feira, 27 de julho de 2011



A primeira pergunta que a gente faz quando encontra um amigo ou conhecido é e-aí-tudo-bem? Na verdade, o questionamento é feito só pra constar, só pra ser educado, só pra ser delicado. A gente espera que a resposta seja tudo-bem-e-você? É comum, é o normal, é o que acontece sempre.

Me pergunto se realmente paramos para prestar atenção no outro. Será que não estamos ocupados demais no nosso próprio mundinho? Será que nosso ouvido quer escutar o não-nada-bem do outro? Não sei.

Por aqui nada está bem. Preciso perder 429 quilos, minha conta está no vermelho, os vidros da minha casa estão sujos, ando com umas dúvidas e problemas de origem interna e outras neuroses de mulher. Eu sei que se eu for comparar a minha vida com a vida de alguém que tem câncer ou outra doença mais séria vou constatar que não tenho problema nenhum e que estou ótima. Mas se eu for comparar a minha vida com o ideal, com o que eu queria agora ela está bem ruim.

Não vou ser egoísta a ponto de achar que está tudo uma merda. Tenho família que me ama, tenho amigos que me amam, tenho saúde, tenho sonhos, tenho pequenas alegrias. Mas sempre falta uma coisinha, a gente sempre quer o que não tem. A gente sempre arruma um "mas" pra dizer que não está tudo bem. Coisas de mulher. Coisas do ser humano.

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