segunda-feira, 1 de agosto de 2011



Tem coisa que não abro mão. Uma delas é o meu canto. Preservo - e muito - o que é meu. Certas coisas são raras pra gente. A coisa mais rara que tenho são as pessoas que amo. Desses, não abro mão. Por eles eu faço e aconteço. Pra eles procuro dar o melhor de mim.

Antes eu era diferente. No primeiro problema pegava o telefone e ligava para alguma amiga. Ficava horas debatendo o assunto. Antes eu achava que todo mundo era meu amigo do peito. Contava sobre as minhas coisas, a minha vida, meus planos. Errei muito. Minha mãe sempre teve a seguinte postura: não é todo mundo que coloco dentro da minha casa. Não entendia muito bem aquilo, mas hoje entendo e concordo plenamente.

Conheço muita gente. Meu círculo de amizades é variado e extenso. Mas na hora do aperto eu sei bem para o colo de quem correr. Escolho as palavras certas para falar de mim e das minhas coisas para as pessoas que tenho dúvidas se me querem bem. Porque a gente se engana muito. E o tempo, felizmente, faz com que a gente perceba quem gosta da gente, quem verdadeiramente quer o nosso sucesso. Não se espante se sobrar pouca gente, não é todo mundo que fica mesmo mesmo mesmo assim sem vírgulas feliz de verdade com nossas pequenas felicidades.

Adoro a minha vida. Gosto dos meus pequenos prazeres. De molhar a planta, de conversar com o porteiro, de aprender coisas novas, de passear com minha cachorra, de escrever de pijama aos domingos. Não gosto de me sentir invadida. Quer um exemplo? Não force intimidade comigo, não gosto. Cada macaco no seu galho. Gosto que respeitem meu espaço, meus cantinhos.

Tem gente que adora escancarar a vida. Eu gosto de me escancarar pra quem amo. E só.

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